Aelton diz que a recusa em aceitar as reivindicações mais imediatas, como a questão do abono para risco de vida e o próprio pagamento do soldo para fardamento, deixaram a desejar para eles, representantes diretos da categoria na reunião. Outro ponto que não foi aceito pelos militares foi a negociação separada de praças e praças especiais dos oficiais. "Somos uma categoria só. Não vamos aceitar uma negociação separada. Vamos do soldado ao coronel e só acatamos uma decisão que vá beneciar todas as patentes", disse Aelton.
Sobre o reajuste escalonado, proposto pelo governo do Estado, Aelton afirmou que contempla uma das reivindicações, que era a volta da escalonamento, extinto em 2006, mas ainda está abaixo do que é pedido pela categoria, os 100% de reajuste para cobrir perdas históricas. Ele e os demais representantes das entidades da classe militar avaliaram como positiva a abertura do diálogo com a Sead.
DIÁLOGO
"Agora está havendo abertura para um diálogo, o que estava sendo negado até o ano passado para nós. Dessa forma poderemos chegar a um consenso que seja o melhor para todos", afirmou o representante da Aspon. Alice Viana comentou, ao final da reunião, que a intenção é entrar em acordo para que os militares sejam atendidos dentro dos limites da gestão estadual e evitar, assim, um movimento paredista que prejudique a população.
A pauta de reivindicação dos policiais e bombeiros é grande e está dividida em três, sendo que o primeiro item é a criação da mesa permanente de negociação. O segundo vem com cláusulas econômicas que vão do reajuste do salário ao cumprimento da lei de interiorização, pagamento do abono por tempo integral e dedicação exclusiva; reajuste do auxílio-alimentação, delimitação da carga horária de 40 horas semanais, promoções, dentre outras.
Os militares do Estado pedem ainda o kit de segurança, com colete balístico e arma para cada um dos policiais; alojamento digno masculino e feminino na capital e nas cidades do interior; viaturas em condições para trabalhar; fardamento completo de acordo com a lei; educação; auxílio-creche e a não retaliação dos representantes da categoria em negociação com o governo.
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